Uma leitura puxa outra leitura e puxa até outra escritura. Como é o caso agora.
Lia a espirituosa crônica do Marcos Kirst, em que ele entrega a pérola do título acima e fiquei pensando em quantas coisas que teríamos que “reconstruir”, se nos dêssemos ao trabalho para tal.
Poderíamos pensar em reconstruir, por exemplo, os olhares faltantes. Você olha para quem está do seu lado? Sempre do mesmo jeito? Como é esse olhar? Olha para o seu filho? Olha mesmo? Como é o seu olhar para o porteiro do prédio? Para o caixa do supermercado?
Ok, chega dessa prolixidade de interrogações, sabemos que existem tipos de olhares. Por isso, voltando ao olhar que precisa de reconstrução. É esse olhar faltante, de quem olha e não vê, só repara, cuida, espreita. Quem tem olhar faltante deveria pensar em reconstruí-lo já. Fazer exercícios, sei lá, qualquer coisa, porque é pior do que o alô sonolento do Marcos, pior do que o meu sorriso em reconstrução, e do meu inferno que é falar ao telefone, pois as sibilantes sibilam demais.
E digo mais, as pessoas que reconstruíram esse seu olhar sempre nos “pegam”. Ninguém sai ileso diante de um olhar assim, reconstruído.
Tem razao, Elaine. É preciso estarmos constantemente atentos a nosso jeito 'as vezes perigosamente de darmos nosso alô e nossos olhares ao mundo. Ótim a digressao a partir de meuu singelo texto. Olhar de leitora experiente e escritora sensivel. Abs
ResponderExcluirMarcos F Kirsrt