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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Que a importância esteja no teu olhar, não naquilo que olhas" (André Gide)

"Mãe, olha que lindo!" Dizia o meu filho apontando pra um velho vaso de terracota vazio. Concordei, era um vaso bonito. "Não mãe. Olha que lindo!" Olhei de novo e ele me mostrava uma teia de aranha, daquelas circulares, dentro do vaso. Sim, era uma linda teia de aranha dentro de um vaso, que não mereceria um primeiro, quiçá um segundo olhar adulto. Mas as crianças... É preciso prestar atenção nas crianças, porque elas nos convidam a parar e olhar com olhar renovado o mundo. Esse fato aconteceu nessa última semana do ano e vou levá-lo comigo para 2011. Desejo que no ano que inicia amanhã, os olhares estejam atentos, sensíveis e percebam que um vaso sem flor pode não estar, necessariamente vazio. FELIZ 2011 PARA TODOS!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escola Dezenove de Abril e o trabalho com o "Formigas" II

Postei o vídeo que a Escola Dezenove de Abril, de Caxias do Sul - RS, fez como culminância de um Projeto de trabalho envolvendo todas as áreas da Escola, tendo como temática o Formigas.
Durante a minha visita à Escola fiquei muito tocada, ao ver a extrema sensibilidade do trabalho realizado pela equipe de professores, alunos e direção. Foi uma surpresa e tanto. Toda a Escola  envolveu-se no projeto, até o pessoal da cozinha, que fez um belo e delicioso bolo "formigueiro".
Diante dessas surpresas, penso que no silêncio da tela em branco, quando escrevo, sequer imagino as asas que o texto toma depois que vira livro. O Formigas, nas mãos, olhos e sorrisos dos leitores dessa Escola voou muito alto, ficou gigante.
Escrevo para esses meus leitores aqui, a palavra "gratidão" pelo que tive a oportunidade de presenciar.







sábado, 11 de dezembro de 2010

Confraria Reinações









Na próxima terça-feira, dia 14, tem Confraria Reinações, com a minha coordenação. Dessa vez serão dois livros a serem comentados num bate-papo descontraído, no acolhedor ambiente da Livraria Do Arco da Velha.
Os livros são:  A grande questão e O pato, a morte e a tulipa, do vencedor do prêmio Hans Christian Andersen, o alemão Wolf Erlbruch. Nesse último, ele dá sequência às suas reflexões sobre o nosso lugar no mundo. Se e, A grande questão procura respostas para "por que viemos no  mundo", em O pato, a morte e a tulipa nos faz pensar em "para onde vamos". Onde a tulipa entra na história? Só lendo para saber.
Os dois títulos são da Cosac e Naify e possuem uma primorosa edição. Para quem gosta de livro, sabe aquele papel que dá vontade de passar a mão? E o projeto gráfico tem umas particularidades que eu gosto, talvez pelo fato dos livros suscitarem a reflexão, uma delas são os espaços vazios que permitem ao leitor "respirar", outra, no caso de A grande questão, é possível literalmente participar da história, personalizando o livro no final.




domingo, 21 de novembro de 2010

ATO LITERÁRIO Nº 5

O Presidente Do Conselho de Segurança Nacional de Invenção Literária,

Considerando que a Literatura Brasileira tem fundamentos e propósitos que visam dar ao país um regime de autêntica imaginação democrática, baseada no respeito à dignidade da personagem e no combate às ideologias contrárias às tradições de nossas obras em prosa e verso, e de maneira a poder enfrentar os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem artística de nossa pátria
Resolve editar o seguinte ATO LITERÁRIO

Art. 1º - Estão proibidas em todo território nacional as caçadas de Pedrinho, as reinações de Narizinho, as viagens ao céu e as histórias do mundo para crianças.

Art. 2º - Serão investigadas todas as contas da aritmética da Emília. Para tal, o Tribunal de Contas da União indicará especialistas de renome nacional.

Art. 3º - Estão suspensos temporariamente os Doze Trabalhos de Hércules, até que se prove que nenhum deles envolve trabalho escravo.

§ 1º - Quem souber do paradeiro do Sr. Hércules deve informar às autoridades literárias constituídas.

Art. 4º - Serão alvo de investigação todas as fronteiras estabelecidas pela geografia de Dona Benta, sendo providenciadas pelos órgãos responsáveis as necessárias remarcações daí advindas.

Art. 5º - Está decretado o estado de sítio do Picapau Amarelo e estão proibidas quaisquer reuniões com o objetivo de contar histórias em todo o seu território.

Art. 6º - Fica proibida a partir dessa data a fabricação, bem como a distribuição, a venda e o consumo, do pó de pirlimpimpim.

Art. 7º - Estão suspensos por tempo indeterminado os direitos literários dos personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Emília, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa, Quindim e Rabicó.

Art. 8º - O presente Ato Literário entra em vigor nesta data, revogadas as criações em contrário.

Pasárgada, 12 de novembro de 2010.

Esse texto é de André Muniz de Moura, especialista em literatura infanto-juvenil

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Polêmica sobre "Caçadas de Pedrinho" de Monteiro Lobato

Sempre que questionada sobre o primeiro livro que li, respondo na hora: "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato. Foi a minha primeira leitura de menina, um livro "grande", mágico, com muito mais texto dos que eu conhecia anteriormente. Sim, foi o primeiro livro que li. Lembro de tê-lo lido ainda na segunda série. E não apenas uma vez. Foi um livro que marcou a minha iniciação no mundo dos livros. Talvez seja por causa de Lobato, mais especificamente desse título, que eu tenha tomado tanto gosto pela leitura. Pois bem, "o meu"  primeiro livro, essa memória que guardo na prateleira das lembranças com medalha. Esse livro está às voltas com uma polêmica daquelas! Dizem os denunciantes que o livro veicula conteúdo racista e preconceituoso e que os professores não têm competência para lidar com tais questões. Obviamente discordo veementemente disso.
Para quem quiser saber mais sobre o assunto, acesse o site da Ecofuturo, que traz um excelente artigo de Marisa Lajolo. A AEILIJ também disponibilizou uma página com vários links para quem quiser entender a polêmica.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Confraria Reinações Caxias

Um livro que eu adoro vai ser tema da conversa na 16ª Confraria Reinações aqui de Caxias do Sul. O Espelho dos Nomes, de Marcos Bagno, Ed. Ática. Esse foi um daqueles livros que apareceu na minha vida despretensiosamente. Ninguém indicou, ninguém apresentou, não conhecia o autor. E assim, sem saber o que iria encontrar, comecei a ler e... surpresa das boas! descobri uma história encantadora, um trabalho maravilhoso com a linguagem (o autor é linguista), enfim um tesouro. Indico sempre. 


Visitando Sylvia Orthof


Cheguei em casa querendo ler os livros da Sylvia Orthof novamente, para descobrir o já sabido e algumas vezes deixado de lado na estante. Esse foi o efeito da mesa, sobre essa grande autora da nossa literatura, que aconteceu na Feira do Livro de Porto Alegre. Quem falou apaixonadamente sobre Sylvia foi Ricardo Benevides que trabalhou com a autora na Ediouro, Luiz Raul Machado que foi editor de Sylvia, também na Ediouro e Ninfa Parreiras escritora e pesquisadora. Foi uma delícia ouvir a leitura da Christina Dias, Ervilina e o Princês, reedição da Ed. Projeto, e tantas histórias, muitas vezes emocionadas e tantas outras engraçadas de quem conviveu com a autora. Foi um momento de voltar o olhar, revisitar, Sylvia Orthof.

Leitor de Rua

Leitura e mais leitura. Uma maneira simples de mostrar o quanto é bom, simplesmente ler e, o quanto essa ação pode ser multiplicadora. Essa é a idéia do "Leitor de Rua", projeto das escritoras Christina Dias e Marô Barbieri, de Porto Alegre. Pode acontecer em qualquer lugar, mas iniciou na Feira do Livro de Porto Alegre, na edição desse ano. O grupo Contapete da Biblioteca Pública de Caxias do Sul foi esteve presente lendo as divertidas crônicas de Walcyr Carrasco.
Vale a pena registrar aqui a presença do escritor uruguaio Ignácio Martínez, prestigiando o "Leitor de Rua".

domingo, 7 de novembro de 2010

Professora encantadora

Já publiquei aqui no blog alguns comentários sobre o Márcio Vassalo e como ele fala da importância do encantamento na vida da gente. Pois bem, ele estará lançando dia 9/11, em Porto Alegre, a sua Professora Encantadora, num bate-papo com um time de feras. Aqui vai o convite.

Maísa era uma professora que olhava para tudo com olho de assombro e estranheza. Ela dizia que assombro é um susto cheio de beleza e que estranheza é o casamento do estranho com a surpresa. A Maísa dava aula de esticar suspiro. De olhos fechados, nós aprendíamos a suspirar fundo. E ela suspirava junto com a gente, com aquele seu riso, às vezes freado, às vezes desembestado. Ah, e para ninguém atrapalhar a aula com urgências sem importância, no lado de fora da porta a professora pendurava um aviso:
NÃO ENTRE AGORA. ESTAMOS SUSPIRANDO.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lançamento do Lasanha

Algumas fotos do lançamento do Lasanha na Feira do Livro de Caxias do Sul, com direito a lasanha doce -  uma deliciosa cassata de nozes, preparada pelo Igor Luchese - e algumas gramas a mais no final do lançamento. Quem ainda não viu, de uma olhada no Lasanha. Como diz o expediente: "é uma publicação surpreendente".
 Eu, o Lasanha e o Igor
 Igor, Helo Bacichette e eu
 Igor autografando o Lasanha
 Giselle Mantovani de Lasanha, e, o naturalmente, o Igor

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Palavra, poesia e aderência - João Gilberto Noll

Li um texto de João Gilberto Noll -  "A experiência da ficção" - no Caderno de Cultura do Jornal Zero Hora, do dia 02/10. Andei a semana toda com o texto para cima e para baixo. Lendo e relendo. Nesse texto ele fala sobre o seu processo de escrita. Ok. Ele vai muito além, fala da paisagem que a alma enxerga quando pega o trem da linguagem poética. As vezes nem importa o destino, o enredo, o final. Mas os veios, as lavras abertas pela palavra até o leitor.

“(...) o que transparece na linguagem é engendrado nas sombras do inconsciente, qual uma usina subterrânea que só saberá de sí no calor de uma sintaxe expressa no vazio do branco.”

“Quando pousamos os olhos num relato ficcional de respiração poética sentimos a força do estranhamento. Nesse tom não é a vida bruta que captamos, mas uma linguagem transfigurada, a insinuar que o que perdemos da transparência do mundo se trata justamente do ganho maior da leitura. Por quê? Porque nessa linha de leitura aderimos aos pontos que costumamos evitar na vida regradamente social, unívoca - , um espaço alheio à linguagem extraída das lacunas do inconsciente, esse território geralmente inútil aos ouvidos do cotidiano.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lasanha

Que um prato de lasanha é bom ninguém duvida. Bem, o Igor Luchese, vai estar lançando no dia 09/10  o jornal(?) Lasanha, aqui na Feira do Livro de Caxias do Sul, no espaço do Café Literário. Também coloco um pouco de muzzarela nessa lasanha. Colaborei com um conto, pequeno, mas não mini. Ah! e o Igor convida também para o lançamento do livro dele Desejos urbanos, no mesmo dia. Já tenho o meu, autografado, lido e gostado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Crianças, poesia e Bachelard

Falei de Bachelard no último post. Outra frase dele "a verdadeira poesia é uma função de despertar" (A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria, Martins Fontes).
Ganhei o seguinte poema na semana passada, no Colégio La Salle - Carmo
"Sem a poesia quem somos?
podemos ser qualquer coisa
talvez um animal
ou uma planta
mas sem poesia eu vi
que não somos ninguém."

O grifo no eu vi é meu. A poesia desperta o olho até mesmo das crianças, que já estão bem acordadas...
 

Sobre a imaginação...

Quando quero acordar o que está adormecido em mim, costumo ler Gaston Bachelard, filósofo e poeta francês: "a vida real caminha melhor se lhe dermos suas justas férias de irrealidade" (A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria, Martins Fontes). Recomendo o mergulho.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Formigando criatividade

Estive recentemente na Escola Municipal Ramiro Pigozzi de Caxias do Sul realizando um bate-papo. Estes são alguns trabalhos dos alunos. Simpáticas formigas carregando palavras coloridas, folhas palavreadas e muita poesia.






Parabéns ao trabalho dos professores e às suas instigantes propostas de leituras do Formigas. Cada leitura é única, cada palavra lida é valorizada. E a leitura é sempre surpresa.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Esse tal de Hugo Cabret

Não pude deixar de postar o convite da Confraria de POA. Está lindo!


Lembrando que a Confraria acontece simultaneamente no Rio também.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Confraria Reinações - A invenção de Hugo Cabret


Olá, Confrades, aí está o convite para o próximo encontro da Confraria Reinações, dia 17 de agosto, terça-feira, às 19h30min, na Livraria "Do Arco da Velha" (Caxias do Sul).
Livro escolhido para o debate: A invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick, (Ed. SM). Com a minha coordenação.
Falo sob absoluta suspeição, pois adoro essa obra. São 584 páginas de beleza, sensibilidade e arte.

O livro possui um projeto gráfico em perfeita consonância com o texto e ilustrações. A edição brasileira não é capa dura como essa mostrada na foto, mas o restante é igual. Perceberam que as bordas das páginas são pretas? Porém, a capa possui as cores vibrantes de uma cortina de veludo (vermelha talvez). Para o leitor que decodifica os códigos das imagens já é possível situar-se na obra. Sim, é um livro que evoca a câmara escura. Não quero estragar a surpresa dos futuros leitores, mas tem cinema na história. Tem também um menino-herói sozinho na Paris de Georges Méliès, ilusionismo e mágica.
A ilustração do convite, mostra Hugo consertando um ratinho de corda. Nessa e em muitas outras "cenas" escritas ou ilustradas, o autor transborda poesia no que parece impossível: as máquinas, as primeiras engrenagens, tudo o que mais tarde geraria o termo automático. Falo em cenas, porque o livro mescla linguagens: texto e ilustração não se sobrepõem, um dá continuidade à outra. Em diversos momentos uma cena começa ser escrita e depois continua descrita, através da ilustração. E segue o rolo do filme projetado na tela do livro, pois é impossível esgotar as impressões sobre a Invenção de Hugo Cabret, num breve comentário. 
Só v(l)endo.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Villa-Lobos, o menino Tuhu

Vejam só o convite feito pela Cláudia Bressan, querida amiga, muito bem situada no universo das letras e da música.
"Espetáculo de teatro e música sobre a infância e juventude de Heitor Villa-Lobos na Casa da Cultura. Serão mais de 100 pessoas em palco encenando, tocando e cantando o grande músico brasileiro."
Basta clicar no cartaz abaixo para conferir maiores detalhes da apresentação e também a poesia da imagem. Adorei.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Oficina em Barão (município - RS)

Algumas fotos da árvore de Memórias (já deu para perceber que eu gosto dessa história de árvore...)  feita pelos alunos da oficina ministrada por mim no Município de Barão, uma jovem cidade do interior do RS. E, que  mostra comprometimento com a questão da leitura, letramento e educação. A professora Tatiana Kersher e Secretaria da Educação e Cultura de lá organizaram recentemente ciclo de oficinas sobre o tema para professores e alunos de magistério do município e região.
O ato de ler aciona uma imbricada rede de memórias, algumas de fácil acesso, outras vem à tona através de cheiros, palavras, sons e... outras leituras. Lendo construímos nossas árvores internas, com muitos e muitos galhos, folhas, flores, frutos e o principal... sementes levadas pelo vento das nossas palavras.

sábado, 31 de julho de 2010

Escola Caminho do Saber e o livro Formigas

O formigueiro gigante no saguão da Escola Caminho do Saber, de Caxias do Sul, já anunciava o que estava por vir nessa agradável tarde do mês de julho. Eram muitas formigas simpáticas e uma porção de desenhos feitos pelos alunos sobre a temática do livro.
As crianças estavam afiadíssimas para o bate-papo. 
É sempre muito grande a curiosidade das crianças sobre o porquê da personagem.  Por que afinal, uma formiga? E não um gato, um cachorro, etc. E, ao mesmo tempo que questionam, vão entrando no universo das formigas: as do livro e as do mundo. Se encantam com as palavras, constroem formigueiros, cavam galerias e vão atrás dos doces da vida.
Crianças e leitura. É uma combinação fértil, que sempre me traz boas surpresas. 
E a Escola Caminho do Saber , é também uma Escola que faz e percorre os caminhos da leitura. Parabéns pelo trabalho.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Da minha praia até o Japão




“E além de salvar a praia, como se estivessem brincando, aquele homem e aquele menino, juntos, descobriam castelos perdidos dentro de conchas quebradas, achavam tesouros em pinça de caranguejo, encostavam o ouvido na areia, para escutar os passos do vento, desciam nos porões mais escuros, para catar vontade amanhecida...”

Da minha praia até o Japão (Global, 2010) conta a história, uma boa história, sobre um menino e seu pai. E vem para o cenário da literatura infantil como uma lufada de ar fresco. Uma lufada de ar marinho para ser mais precisa, porque a história se passa à beira-mar. Um dia, uma tarde, uma hora, na beira da praia. O menino e o pai cavando um buraco na areia. Simples assim. Mas, já falei sobre esse assunto uma vez aqui no blog. A simplicidade é prima em primeiro grau da força. É para quem tem o que dizer. Quem não tem o que dizer, geralmente fala (ou escreve) muito para disfarçar os vazios. O Márcio Vassallo consegue transformar a brincadeira do menino e seu pai numa deliciosa história em que dá vontade de catar outras vontades: amanhecidas, adormecidas, sonhadas. “Sem precisar chegar a nenhum lugar pra ser feliz.”

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Alunos do EJA

Na semana passada, estive na Escola Municipal Caldas Júnior, aqui em Caxias do Sul, conversando com os alunos do EJA. O assunto foi a leitura que eles fizeram do Formigas. Sempre falo aqui no blog, que a literatura, dita "infantil" não é uma literatura para ser lida somente por crianças, pelo contrário, essa boa literatura, deve ser lida por adultos também. Às vezes, o que nós adultos precisamos é uma boa dose de encantamento para dar mais leveza ao dia-a-dia. É justamente isso que essa literatura traz: encantamento e leveza.
Parabéns aos professores da Escola Caldas Júnior, que fizeram um belíssimo trabalho com os adultos do Eja, lendo o Formigas. No bate-papo, foi perceptível o olhar maduro e livre dos professores, que fizeram uma excelente mediação para trabalhar com os alunos, as palavras que a leitura sugere.





sábado, 26 de junho de 2010

Promessa I

Algumas semanas atrás, fiz uma postagem sobre o lançamento do livro Poemas de amor adolescente (SVB Edição e Arte). Livro escrito à 8 mãos. Duas delas são da Helô Bacichette, que foi buscar não sei onde tão poucas palavras que falam tanto! Prometi que ia postar uns poemas aqui, o duro foi escolher.

ANJO
Guarda-chuva
guarda-sol
guarda-me

REGRESSO
nua
assim
como
vim
antes
de ti
partirei
de mim.

RENASCIMENTO
Tua presença
anda ausente
tenho comigo
uma esperança
azulada
uma saudade
escondida
uma força
renovada
me chamando
para a vida

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Colégio Leonardo Murialdo






Semana passada estive no Colégio Leonardo Murialdo de Caxias dos Sul, batendo um papo com os alunos sobre o Formigas. O encontro foi na biblioteca da escola. Aliás uma biblioteca linda! Pessoal de Caxias que quiser ver uma biblioteca muito bonita, organizada e com iluminação natural, dê uma passada por lá. 
Ficou evidente na conversa com as turmas, o quanto a leitura está presente na escola e o quanto os professores e alunos estão em sintonia com a questão da valorização do livro e da literatura. Parabéns a todos!













terça-feira, 22 de junho de 2010

Lançamento do Tino Freitas no Salão da FNLIJ

Olha aí o Tino Freitas autografando um dos lançamentos dele, Controle Remoto (o outro é Brasília de A a Z, Ed. Salesiana) no Salão da FNLIJ.
O livro saiu pela Ed. Manati, com ilustrações da Mariana Massarani e uma diagramação muito bem elaborada, o formato lembra um controle remoto. 
Alô pais de primeira e segunda viagem! Que tal se junto com o bebê viesse um controle remoto junto? Olhem só a página abaixo:


Será que deu certo? Não resisto e vou dar uma pista: coração não funciona nada bem com  controle remoto. 
Foi uma grande sacada do autor essa história, porque eu acho que tem muita gente por aí com mania de controle remoto, uns para controlar os outros e os outros se deixando controlar pelo um. 
E digo mais uma vez aqui o que venho falando há tempos. A boa literatura "infantil" não tem nada de bobice não. Então adultos, leiam o livro Controle Remoto para suas crianças e para vocês mesmos.
Ah! Também adorei o "on/off" em cada cantinho da página. Nem preciso dizer que fiz o teste drive aqui em casa com o Enzo que tem seis anos e sabe tudo de controle remoto. Ele não larga o livro do Tino.