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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Da minha praia até o Japão




“E além de salvar a praia, como se estivessem brincando, aquele homem e aquele menino, juntos, descobriam castelos perdidos dentro de conchas quebradas, achavam tesouros em pinça de caranguejo, encostavam o ouvido na areia, para escutar os passos do vento, desciam nos porões mais escuros, para catar vontade amanhecida...”

Da minha praia até o Japão (Global, 2010) conta a história, uma boa história, sobre um menino e seu pai. E vem para o cenário da literatura infantil como uma lufada de ar fresco. Uma lufada de ar marinho para ser mais precisa, porque a história se passa à beira-mar. Um dia, uma tarde, uma hora, na beira da praia. O menino e o pai cavando um buraco na areia. Simples assim. Mas, já falei sobre esse assunto uma vez aqui no blog. A simplicidade é prima em primeiro grau da força. É para quem tem o que dizer. Quem não tem o que dizer, geralmente fala (ou escreve) muito para disfarçar os vazios. O Márcio Vassallo consegue transformar a brincadeira do menino e seu pai numa deliciosa história em que dá vontade de catar outras vontades: amanhecidas, adormecidas, sonhadas. “Sem precisar chegar a nenhum lugar pra ser feliz.”

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