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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bartolomeu Campos de Queirós

Tenho um pedaço de estante reservado a Bartô na minha casa. Sua obra fugiu das classificações. Não há Dewey para Bartô. Ele merece um lugar só seu. Fica na parte da estante próxima à janela, por onde entram as brisas mais frescas e os raios de sol dos finais de tarde, os mais carregados de cor.
Cada livro de Bartolomeu é para mim um assombro. Como pode alguém fazer tal alquimia com as palavras, essas mesmas palavras que eu e você usamos todos os dias? Mas que na sua escrita soam tanta poesia que chegam a nos deixar doídos e doidos de deslumbramento.
Estou quieta hoje, em homenagem à Bartolomeu Campos de Queirós (1944-2012), quero "ler em silêncio". 



Um comentário:

  1. “As palavras são portas e janelas. Se debruçarmos e repararmos, nos inscrevemos na paisagem.
    Se destrancarmos as portas, o enredo do universo nos visita. Ler é somar-se ao mundo, é iluminar-se
    com a claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se. Cada palavra descortina um horizonte, cada frase
    anuncia outra estação. E os olhos, tomando das rédeas, abrem caminhos, entre linhas, para as viagens
    do pensamento. O livro é passaporte, é bilhete de partida. A leitura guarda espaço para o leitor imaginar
    sua própria humanidade e apropriar-se de sua fragilidade, com seus sonhos, seus devaneios e sua experiência.
    A leitura acorda no sujeito dizeres insuspeitados enquanto redimensiona seus entendimentos. Há
    trabalho mais defi nitivo, há ação mais absoluta do que essa de aproximar o homem do livro?”.
    Bartolomeu Campos de Queirós

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